InnSaei | O poder da Intuição – Por que você deve assistir esse documentário?

InnSaei

Nesse mundo totalmente desconectado e distraído de hoje, encontra-se uma linda filosofia islandesa, InnSaei, que promove a conexão das pessoas por meio da empatia e da intuição!

A palavra InnSaei possui diversos significados, entre eles: “o mar de dentro”, da natureza sem fronteiras de nosso mundo interior, em constante movimento de visão, sentimentos e imaginação além das palavras. Significa também “ver o interior”, conhecer a si mesmo para que possa conhecer ao próximo. Ou simplesmente para mim o melhor e mais claro significado, “ver de dentro para fora”.

Para entender melhor do que se trata a filosofia InnSaei, vamos iniciar uma jornada através da empatia!

Significado de Empatia

Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

empatia envolve três componentes: afetivo, cognitivo e reguladores de emoções.

  • O componente afetivo baseia-se na partilha e na compreensão de estados emocionais de outros.
  • O componente cognitivo refere-se à capacidade de deliberar sobre os estados mentais de outras pessoas.
  • A regulação das emoções lida com o grau das respostas empáticas.

A empatia parte da perspectiva referencial que é pessoal a ela, ciente das próprias limitações em acurácia, sem confundir a si mesmo com o outro.  Em outras palavras, seria o exercício afetivo e cognitivo de buscar interagir percebendo a situação sendo vivida por outra pessoa (em primeira pessoa do singular), além da própria situação.

O termo foi usado pela primeira vez no início do século XX, pelo filósofo alemão Theodor Lipps (1851-1914), “para indicar a relação entre o artista e o espectador que projeta a si mesmo na obra de arte”.

O termo advém do grego EMPATHEIA, formado por EN-, “em”, mais PATHOS, “emoção, sentimento”.

Empatia

Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma espécie de “inteligência emocional” e pode ser dividida em dois tipos:

  • A cognitiva – relacionada com a capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e
  • A afetiva – relacionada com a habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.

Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma pode ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.

Mas calma, InnSaei não se trata apenas de empatia, mas também de outro fator puramente humano e que, ultimamente, está cada vez mais distante de muitos de nós, a intuição!

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O que é intuição?

A intuição é a faculdade de compreender as coisas no momento, sem necessidade de realizar raciocínios complexos. O termo também é usado para fazer referência ao resultado de intuir.

Na linguagem coloquial, a palavra intuição é usada como sinônimo de pressentimento (ter a sensação de que algo vai acontecer ou adivinhar algo antes de acontecer).

O psiquiatra Carl Jung dizia sobre o conhecimento intuitivo: “Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior”.

A psicóloga Virginia Marchini, fundadora do Centro de Desenvolvimento do Potencial Intuitivo, de São Paulo, explica que a palavra intuição vem do latim “intueri”, que significa considerar, ver interiormente ou contemplar. Segundo Virginia, a mente intuitiva abre-se a respostas inovadoras e não dogmáticas, mas aprender a confiar na intuição é um grande desafio, pois o senso comum ainda considera a intuição um conhecimento de risco.

“Devemos confiar na intuição à medida que a autoconfiança e o autoconhecimento permitam ao indivíduo separar a intuição dos seus medos e desejos”.

Intuição

O médico psiquiatra Mario Louzã, graduado pela Universidade de São Paulo e especialista em sono, diz que a intuição é uma habilidade presente em todos nós. Trata-se de conseguir chegar a um conhecimento que está implícito em alguma situação, sem que isso seja feito de forma consciente.

“Longe de ser algo “mágico”, [a intuição] é fruto de um conhecimento que já foi adquirido e que pode ser recuperado a qualquer momento”

Isso explica porque ela acontece no campo do inconsciente: a maior parte da nossa atividade cerebral se dá fora do campo da percepção consciente. Ou seja, o cérebro adquire um conhecimento no consciente e depois coloca para fora, no inconsciente.

Assim, ele tem mais espaço para adquirir outros conhecimentos. Isso acontece porque “nossa capacidade de processamento consciente é limitada, e o cérebro precisa “deixar de lado” alguns conhecimentos adquiridos para poder processar a nova informação”, aponta Louzã.

De acordo com ele, o cérebro “vai buscar” esse conhecimento na nossa “biblioteca mental” para utilizá-lo quando necessário. Todo esse processo utiliza várias habilidades, incluindo, especialmente, atenção e memória.

A intuição é ativada pelo nosso cérebro quase que automaticamente. Mas Louzã explica que ela precisa ser verificada na realidade cotidiana, de modo lógico-racional para que possa ser utilizada adequadamente.

“Senão corremos o risco de olhar o mundo exclusivamente pelo viés da nossa percepção, o que, frequentemente, leva a distorções e incompreensões na interação com os outros”, afirma. Por isso, os pressentimentos precisam ser vistos sempre com muita cautela.

Para ir um pouco mais a fundo nessa filosofia islandesa, vamos entender de que forma nossa estrutura biológica funciona.

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Razão e Emoção!

Sobre o funcionamento do tão extraordinário cérebro, alguns autores entendem que há uma diferenciação entre os hemisférios, acreditando que se distingue da seguinte forma:

  • Hemisfério esquerdo “racional”: tem como características funções relacionadas ao raciocínio abstrato e envolvem fatores analíticos, matemáticos, distinções articulatórias, críticas, arranjo de tempo, informações sequenciais, compreensão linguística…
  • Hemisfério direito “intuitivo”: tende a ser não linguístico, tendo como características principais os fatores emocionais e os receptores dos estímulos internos e externos. São predominantes para funções artísticas, percepção, noção espacial, expressões emocionais…

razão e emoção

Segundo estudos do Dr. Roger Sperry, prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1981, ficou esclarecido que a linguagem, o raciocínio lógico, determinados tipos de memória, o cálculo, a análise são próprios do hemisfério esquerdo do cérebro. Enquanto que o direito não usa palavras, é intuitivo, usa a imaginação, o sentimento e a síntese.

O hemisfério esquerdo do cérebro interpreta literalmente as frases ditas, já o hemisfério direito percebe a intenção oculta de quem fala. O esquerdo entende pelo aspecto lógico, racional e sequencial, e o direito compreende aos saltos, tem insight e visão holística.

O lado esquerdo do cérebro não se aventura a criar, inventar e sonhar. Prefere a segurança do conhecido, do lógico, do aceito pela sociedade em que vive. Já o lado direito solta a imaginação, viaja pelas asas do sonho, cria, inventa, recria e assume ser livre. O esquerdo é linear, objetivo, usa o conhecimento de forma dirigida, sequencial, analítica, convergente; o direito é não-linear, subjetivo, utiliza o conhecimento de maneira livre, múltipla, holística e divergente.

Nesta direção, o físico Albert Einstein, através de sua genialidade, já havia percebido a importância do lado direito do cérebro, ao registrar: “A mente intuitiva é um presente sagrado e a mente racional é um servo fiel. Nós temos criado uma sociedade que honra o servo e tem esquecido do presente sagrado”.

Quando estamos completamente conectados com nossa intuição, agimos com harmonia com todas as pessoas. Essa é a lógica humana de SER, viver conforme seus instintos naturais. Mas para isso é necessário que a humanidade se volte para seu interior, buscando o autoconhecimento e a autoanálise. A meditação é uma das diversas ferramentas que possibilitam que isso ocorra, outra é a atenção plena!

O ser humano em dado momento da história se afastou de sua intuição e passou a observar suas questões sob um ponto de vista distante de si, não mais centrado, sem ampliou e se baseou na ansiedade e medo.

Saiu do tempo natural e entrou em um processo onde a busca da compreensão a respeito do futuro e das relações humanas são construídas de forma linear e sistêmicas!

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A cientista Jill Taylor, em seu livro “A cientista que curou o seu próprio cérebro”, Best seller baseado em suas próprias experiências com o acidente vascular cerebral (AVC), que mudou a sua visão de mundo e percepção de realidade diz: “Se você tem dificuldade para acessar a consciência do circuito do lado direito de sua mente, deve ser porque fez um trabalho estupendo aprendendo exatamente o que lhe ensinaram enquanto você crescia”. Ou ainda: “O meu lado direito percebe que a essência do meu ser tem vida eterna”.

O desequilíbrio humano ocorre através do comportamento em que o Eu é racionalmente rígido ou extremamente emocional, inibindo assim a ação do hemisfério direito do cérebro. As pessoas vivem e constroem sua realidade basicamente estruturadas pelo hemisfério da lógica e racionalidade, ou seja o esquerdo!

A autodescoberta é o caminho para que ocorra a integração necessária entra a razão e a emoção, através da nossa maior dádiva a intuição!

E para finalizar essa matéria, trago para vocês a indicação desse belo documentário!

InnSaei – O Poder da Intuição

Pensadores e espiritualistas discutem o InnSaei, filosofia islandesa que promove a conexão das pessoas por meio da empatia e da intuição.

Referências:

Significados

Dicio

Wikipedia

Revista Super

Vix

Mundo da Psi

Somos todos um

Sou profissional da área de Marketing e atuo como coaching. Apaixonada pela vida criei o projeto motivacional SER Transcendental.

Uma opinião sobre “InnSaei | O poder da Intuição – Por que você deve assistir esse documentário?

  • Reply Maria Alem 18 maio, 2018 at 14:36

    Gratidão por compartilhar todos esses conhecimentos.