O vinho quente, deliciosa variação do típico quentão, está dentre as principais bebidas servidas nas quermesses, festas juninas e julinas pelo Brasil afora, já que é uma excelente opção para aquecer o friozinho do inverno. 

História do vinho quente

No Brasil, o vinho quente está fortemente ligado à cultura caipira e às festas juninas, mas essa bebida também faz muito sucesso durante o período natalino na Europa ( no nosso tempo de Alemanha, tomamos litros e litros 🙂 ). O Glühwein — glüh, que significa cozido, e wein, vinho — é presença super tradicional no Natal germânico. Assim, por onde você passar na Alemanha, na Áustria ou na Suíça nesse período do ano, verá pessoas degustando o bom e velho vinho quente. Só para você ter uma ideia melhor, o consumo anual dessa bebida na Alemanha é de mais de 50 milhões de litros!

A verdade é que não se sabe quando exatamente o vinho quente foi criado. Mas por mais que não se tenha uma data precisa, ao que tudo indica, a história do vinho quente já ultrapassou os 2 mil anos, com suas origens remontando à Roma Antiga, chegando até a Europa e passando por diversas variações ao longo dos séculos até conquistar o mundo inteiro com seu aroma e seu sabor pra lá de marcantes.

Na Turquia, por exemplo, o vinho quente é misturado com frutas cítricas, enquanto na Moldávia ele se chama Izvar e leva pimenta preta com mel em sua composição. Já em Viena, a versão é mais doce e conta com toque de frutos do bosque. Viu como cada um tem uma versão para chamar de sua? E você por acaso sabe como é a receita tupiniquim?

Benefícios para saúde

Além de nos aquecer no inverno, por possuir as mesmas propriedades nutricionais do vinho bebido na temperatura ambiente, o vinho quente oferece diversos benefícios à saúde se consumido com moderação. Diversos estudos revelam que o resveratrol presente no vinho faz bem à saúde e protege contra doenças, principalmente as relacionadas ao coração.

O vinho possui em sua composição substâncias flavonoides e antioxidantes que favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos e protegem o sistema cardiocirculatório. O controle do colesterol se daria por conta das substâncias que ajudam a baixar o VLDL (colesterol ruim) e aumentar o HDL (colesterol bom). De acordo com um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o consumo do vinho tinto está relacionado à longevidade. Sendo assim, a saúde na terceira idade, entre outros fatores, pode ser beneficiada com o consumo a longo prazo da bebida, uma vez que seus componentes evitam o envelhecimento das células cerebrais, reduzindo o risco de doenças como o Alzheimer, e sua ação antioxidante diminui a degeneração ocular.

Vinho quente com especiarias

Ingredientes

  • 1 ½ xícara de açúcar demerara
  • 2 paus de canela;
  • 3 xícaras de chá de água quente;
  • 5 cravos da índia;
  • 2 maçãs picadas;
  • 1 litro de vinho tinto de sua preferência.

Modo de preparo

Leve uma panela grande ao fogo, coloque o açúcar e espere que ele caramelize. Quando o açúcar estiver no ponto, acrescente a água, a canela, o vinho e os cravos. Mexa a mistura até todos os ingredientes se incorporarem e alcançarem uma consistência mais homogênea. Por fim, coloque as maçãs picadas e deixe levantar fervura. Depois de 5 minutos você já pode desligar o fogo e servir seu vinho quente! Ah, e o rendimento é de aproximadamente 15 copos pequenos, ok?

Por mais que a versão tradicional seja deliciosa, o vinho quente não precisa ser feito de uma única forma. Ouse acrescentando raspas de laranja, anis, gengibre ou até mesmo baunilha.