Organização : 3 etapas para o sucesso

Todos os dias temos muitos pensamentos a respeito de coisas (comportamentos, atitudes, desejos, medidas ou quantias) que gostaríamos de conquistar. Isso é totalmente normal, afinal todos nós somos motivados a buscar aquilo que ainda não temos.

Esse mecanismo de nossa psique nos mantém em constante movimento durante a vida, sendo que pode ser mais estimulado em alguns e menos em outros.

Entretanto, muitos desses desejos não saem do mundo das ideias e vontades, e acabam sendo substituídos por novos interesses ou simplesmente contabilizamos, consciente ou inconscientemente, os esforços necessários para tal conquista e desistimos ou deixamos de lado.

A priori, não veja essa desistência imediata como algo ruim ou que atrapalhe nosso progresso. Afinal, muitas dessas ideias que aparecem em nossa mente são totalmente infundadas e caso se realizarem, poderíamos estar em sérios problemas.

Pense nas consequências de se querer ficar com o namorado(a) de alguém, acelerar um veículo até o limite, roubar um banco, inventar uma desculpa para não ir trabalhar, assumir um compromisso com um amigo e acabar prejudicado sem tempo para realizar as tarefas básicas pessoais ou decidir fazer uma viagem com o dinheiro da poupança e, posteriormente, o país entrar em crise. Todos são exemplos de que devemos refletir seriamente sobre nossas intenções.

No entanto, outras vontades que acabam ficando só no desejo, até serem esquecidas, são muito positivas e poderiam contribuir para nos levar a um estado emocional e de contentamento tal, que faria enorme diferença em nossa vida, refletindo na possibilidade de gerar exemplos sadios para quem está a nossa volta.

Diante disso, e com finalidade de proporcionar a materialização garantida daquilo que decidimos obter, há de se ter em mente que qualquer objetivo se torna factível quando direciona-se esforços com organização e continuísmo.

Porém, muitos de nós ainda permanecem indecisos ou sem coragem para desenvolver um plano de ações, objetivando a realização dos interesses pessoais.

Outros passam longos períodos, ou até a vida toda, apenas reclamando do que não tem, sem mobilizar o mínimo de esforços necessários para sair do lugar.

Levando em consideração o contexto onde delega-se a responsabilidade da situação de vida atual às causas externas, acabamos por desvalorizar ou desacreditar no próprio potencial criativo, persistente e racional, intrínsecos à raça humana, para atuar de uma maneira que não contribuirá em nada para a melhoria do quadro.

Contudo, certa parcela da responsabilidade por muitos agirem dessa forma ou terem dificuldades para exercer um comportamento mais pró-ativo e organizado, não nasceu dentro de nós. Ou seja, não faz parte essencial de nossa genética.

O condicionamento social que se manifesta em nosso meio é parte dominante na influência do que vamos seguir, ou como iremos nos portar perante cada situação. Esse é um aspecto bastante lógico e inerente à evolução; os mais novos sempre irão se basear no que os mais velhos e experientes fazem, pois, dessa forma, terão mais chances de sobreviver. Se portando raramente de modo inusitado.

Portanto, de modo geral, se não vemos um determinado tipo de comportamento manifestado em nossos familiares ou amigos, dificilmente desenvolveremos, de modo ostensivo, tal característica. Sem referenciais, se torna difícil a construção e qualificação de um traço de personalidade.

A boa notícia é que somos seres inteligentes, autoconscientes e de fácil adaptação, e usando isso a nosso favor, com pequenos passos poderemos ir longe. Bastando nos organizar e trabalhar para manter as ações pré-definidas, superando as recaídas e evitando os antigos condicionamentos contraproducentes.

Se você identifica que já está na hora de investir, com seriedade e sinceridade, em algo, a fim de obter resultados sólidos, a seguir será apresentado um conjunto de etapas, passos e dicas, que, se colocados em prática, te levarão a obtenção daquilo que se almeja.

Visando uma melhor organização, a exposição se dará em três partes, seguidas dos procedimentos detalhados ao final de cada uma, que serão, respectivamente, Planejamento, Ação e Manutenção. Desse modo, sem mais delongas, vamos lá!

 

Planejamento

A etapa de planejamento é a mais detalhada e importante das três. Nesse momento, é hora de colocar no “papel” aquilo que realmente queremos, o nosso objetivo.

Daí então deve-se refletir e anotar a maior quantidade de pontos que poderão nos beneficiar na jornada até a conquista de nosso desejo e também tudo aquilo que pode nos prejudicar, gerar recaída ou impedir de manter ativo nosso plano de ações.

Não apresse ou pule esse passo jamais, pois é nele que iremos, além de tudo, fortificar nossa intenção de sucesso ou interpretar como impraticável nossa ideia. Tente, ao longo dos dias, ir pensando em cada faceta da situação e sempre que identificar um novo aspecto, a favor ou contra, anote e continue imaginando por diferentes ângulos, para isso dedique de uma a três semanas.

Lembre-se, para atingir um novo objetivo, devemos modificar algo em nosso comportamento. Por esse motivo, pessoas próximas poderão ser afetadas, direta ou indiretamente. Causando, até mesmo, certos conflitos e/ou dificultando nossa continuidade.

Exemplo: se a pessoa que cozinha na casa decidir virar vegetariana (por alguma razão particular), aqueles que se beneficiavam por ter comida pronta todo dia, certamente vão se opor. Ao passo que tal decisão os afetou diretamente, sendo que a partir de então, caso a “cozinheira” não continue preparando o cardápio de antes, terão que providenciar o próprio alimento.

O terceiro passo consiste em elencar e anotar os recursos, internos e externos, que possam ser úteis para contribuir com o completismo de nosso plano. Seja na forma de pessoas que tiveram êxito em algo similar ou idêntico, e que possam nos transmitir sua experiência vivencial no processo; material publicado (livros, artigos, sites, etc.) que apresente técnicas comprovadas para obter o resultado almejado; alguma habilidade que tenhamos e que possibilite certo benefício em quaisquer das três etapas, tais como: persistência, associação de ideias, criatividade, objetividade, dedicação, detalhismo, organização, etc.; enfim, qualquer fator que facilite ou contribua com alguma das etapas, deve ser evidenciado. Anotando em um local apropriado, que escolheremos para registrar todos os avanços e impeditivos que surgirem, para que fique mais fácil avaliar as situações que já dominamos e as que necessitam de maior atenção.

Na sequência, deve-se partir para o desenvolvimento do plano de ações, que consiste em definir o que será necessário fazer em cada situação, organizar o tempo disponível para aplicar as ações, estabelecer metas e prazos para se atingir determinados resultados e pedir ajuda ou adquirir o material escolhido que possa atuar como facilitador do processo.

Nessa etapa, ainda será necessário realizar dois passos finais. O primeiro deles é ir se aproximando dos novos comportamentos e ações que estarão em demanda. Já estaremos fazendo isso desde o início do planejamento, porém se necessitar de mais algum esclarecimento, este é o momento. Por último, devemos deixar claro para as pessoas, que por ventura serão afetadas, o que decidimos fazer e como iremos nos portar. Esses avisos serão de extrema importância, pois servirão de alerta para que nada, nem ninguém, passe por desavisado na fase crítica das mudanças, que é o início.

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As principais dicas que cabem à etapa de planejamento são as seguintes:

[1] Não tente dar um passo maior que a perna, se vai se programar para começar um novo projeto, seja ele pequeno, médio ou grande, organize-se para iniciar aos poucos e sem mudanças drásticas na rotina diária. Como na academia, ou treinando para uma maratona, começamos com pouco esforço e adicionamos novos desafios gradualmente com o passar do tempo. Dessa forma é mais seguro, menos doloroso e ainda aumentamos nossa motivação ao perceber que estamos progredindo.

[2] Para certas ações que demandem longos períodos de dedicação e concentração é recomendado fazer pequenas pausas, proporcionando-se algum tipo de benefício, como um descanso ou breve distração em alguma atividade que gere satisfação. Com isso, é possível restabelecer o próprio potencial em manter-se focado e elevar os níveis de produtividade que, de certa forma, acabam caindo ao permanecer por muito tempo na mesma tarefa.

Nota: Essa dica poderá ser descartada caso já esteja realizando alguma ação prazerosa e/ou que goste bastante.

[3] Organize-se para adicionar ao seu dia a dia apenas um projeto por vez. Não será uma boa ideia começar dois ou mais projetos concomitantes. Aguarde até estar dominando um plano de ações para, então, dar início ao planejamento de novos afazeres, a priorização aqui é o ponto principal.

Diante disso, segue, na mesma ordem apresentada acima, o resumo dos passos desta etapa:

 

Etapa 1. Planejamento

Passos:

  1. Definir local de registro : Organizar um caderno, arquivo, planilha ou bloco de notas para anotar, estudar e acompanhar todo o processo.
  2. Definir um objetivo : Colocar no “papel” aquilo que se deseja.
  3. Estudar pontos a favor e contra : Refletir, durante 1 a 3 semanas, e anotar sobre benefícios diretos e secundários até a conquista do objetivo, assim como tudo o que poderá causar alguma situação conflituosa, impeditiva ou que contribuirá para iniciar um ciclo de recaída.
  4. Elencar recursos, internos e externos, que possam ser úteis : Pesquisar e anotar a respeito de pessoas, livros, artigos, habilidade pessoais e qualquer outra coisa que possa ajudar, visando a obtenção do objetivo.
  5. Desenvolver o Plano de Ações :
    1. Definir o que é necessário fazer em cada situação.
    2. Organizar tempo disponível para aplicar as ações.
    3. Estabelecer metas e prazos para atingir determinados resultados (não tão rígidos).
    4. Pedir ajuda especializada e/ou adquirir o material necessário.
    5. Aproximar das ações mais complexas e menos desenvolvidas.
    6. Verbalizar aos envolvidos e pessoas próximas a respeito do que decidimos fazer e como vamos nos portar.

Dicas:

  1. Trabalhe num crescimento, fazendo pouco no começo e aumentando gradualmente.
  2. Planeje pequenas pausas para descanso/recompensa ao definir ações que demandem longos períodos de concentração/dedicação.
  3. Inicie um projeto de cada vez ou um novo assim que dominar o anterior.

 

Ação

Essa é a etapa prática do processo. É aqui que a coisa acontece!

Após todo planejamento e preparação anterior, o caminho até a realização do propósito escolhido fica mais claro. Nesse momento é possível vislumbrar o desenrolar de cada segmento da trajetória traçada por nós, diante do que estaremos buscando.

Como, na maioria dos casos, o que precisa ser feito é algo totalmente, ou em grande parte, novo, existem alguns recursos que poderão contribuir com o início do desenvolvimento e fixação das novas tarefas. Sem prática e com uma rotina anterior diferente, os primeiros dias serão cruciais para determinar a continuidade do nosso plano de ações. Para isso, deve-se utilizar de uma estratégia, que comumente, todos já estão habituados. A saída da inércia sendo causada por uma influência externa.

Dessa forma, para nos ajudar a começar a fazer aquilo que foi programado, a recomendação é colocar um despertador no horário marcado e quando ele soar, ir imediatamente se preparando para fazer o que tiver de ser feito.

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Assim, com o tempo, os novos hábitos que estaremos desenvolvendo ou exercitando ficarão cada vez mais fortes, e a partir disso os resultados virão com toda certeza.

Principalmente nessa etapa, mas também durante todo o período que foi destinado a execução das tarefas planejadas, em hipótese alguma deve-se ceder à preguiça, ou a outros afazeres, e postergar as ações pré-determinadas, pois essa atitude favorecerá à desvalorização mental do que estamos buscando e abrirá portas para recaídas e, até mesmo, para a não continuidade do que foi conquistado até o momento, mesmo que seja pouco.

Quanto às possíveis interferências que surgirem, tente lidar com elas da maneira mais assertiva possível, sabendo dizer não, aquelas que puderem ser tratadas uma outra hora ou retornando ao ponto exato de parada, logo após resolver as que não for possível adiar.

Por último, e com o propósito de fortificar nossa capacidade de concentração, deve-se fazer o máximo possível, e o impossível, para se manter atento à demanda do momento, evitando distrações e dispersão a todo custo. Para isso, a ideia de verbalizar que estará ocupado em determinado período, será imprescindível. Também é interessante desligar ou se afastar do celular, do computador, da televisão, do rádio e de outras possíveis causas que tenham chance de atrair o foco da atenção.

Desse modo, segue, em ordem de prioridade, o resumo dos passos dessa etapa prática:

 

Etapa 2. Ação

Passos:

  1. Providenciar um dispositivo de “Start” : Configurar o despertador para soar nos horários definidos, a fim de contribuir com a formação dos novos hábitos.
  2. Não postergar, em hipótese nenhuma, o início das atividades : Quando der a hora marcada, ir se preparando, o mais rápido possível, para a execução dos afazeres.
  3. Verbalizar sobre a execução de atividade prioritária : Avisar as pessoas próximas que estará ocupado durante determinado período de tempo.
  4. Distanciar-se de possíveis causas de distração : Desligar ou se afastar de celulares, computadores, televisões, rádios, etc.
  5. Saber dizer não as possíveis interrupções : Lidar de maneira assertiva com as situações que surgirem durante as atividades, dizendo não aquelas que puderem ser tratadas uma outra hora.
  6. Retornar aos afazeres após interrupção : Caso seja inevitável a resolução de alguma atividade “surpresa”, retornar, após o término, ao ponto em que parou.
  7. Se manter atento à demanda do momento : Manter a atenção, sem dispersão ou distração, na tarefa programada.

 

Manutenção

A etapa final consiste no desenvolvimento de estratégias que fomentem a continuidade das ações advindas do planejamento. Para isso, utilizaremos o local de anotações escolhido para registrar o máximo de informações a respeito de alguns itens que possibilitarão analisar com maior criticidade as nuances de certos travões que, com certeza, surgirão e que não foram identificados e previstos na etapa de planejamento.

Portanto, vale a pena registrar todos os motivos que causarem interrupções, razões que nos levaram a não realizar alguma tarefa marcada ou que nos fizeram querer desistir de prosseguir (recaída), assim como o nível médio pontual de distrações/devaneios, eventuais conflitos com pessoas do convívio e qualquer outra ocorrência que possa surgir para dificultar a manutenção do plano de ações.

Visando contribuir com o incremento da automotivação, é recomendado anotar, também, o tempo despendido com cada ação planejada. Pois, a partir disso, será possível contabilizar as razões para estarmos atingindo, ou não, as metas.

Pensando ainda em motivação, recomenda-se registrar todos os resultados, avanços e/ou repercussões positivas em qualquer aspecto do processo ou de nossa vida. Ler, de tempos em tempos, os benefícios primários e secundários identificados no início do planejamento, assim como contabilizar cada mini-vitória, avanço e meta concluída, contribuirá diretamente para estimular a vontade e intenção de se manter firme perante qualquer percalço.

Para finalizar, a única dica que se aplica a etapa de manutenção, e que com certeza será muito bem vinda, é a seguinte:

[1] Nunca utilize da desculpa de ter quebrado a rotina ou deixado de fazer alguma tarefa para desistir do objetivo. Se precisar, por motivos de força maior, interromper o plano de ações por algum período, volte, em seguida, com força total, para continuar sua jornada até a conquista do que você merece, a realização de seus sonhos.

Pelo exposto, segue, na mesma ordem apresentada acima, o resumo dos passos dessa última etapa:

 

Etapa 3. Manutenção

Passos:

  1. Registro das repercussões positivas e negativas para estudo a posteriori :
    1. Anotar as causas de interrupção.
    2. Anotar as razões que te levaram a não realizar alguma tarefa.
    3. Anotar os motivos que contribuíram ou que incitaram o desejo de abandonar o planejamento (recaída).
    4. Anotar, frequentemente, o nível médio pontual das distrações e devaneios.
    5. Anotar eventuais conflitos que surgirem com pessoas do convívio.
    6. Anotar qualquer outra ocorrência que surgir para dificultar a manutenção do plano de ações estabelecido.
    7. Contabilizar o tempo total despendido.
    8. Registrar todos resultados, evidentes ou simplórios (mini-vitórias).
    9. Registrar avanços e metas concluídas.
    10. Registrar repercussões positivas em qualquer aspecto do processo ou da vida.
  2. Reler os benefícios e contabilizar vitórias : Ler, de tempos em tempos, os benefícios identificados e contabilizar cada mini-vitória, avanço e meta concluída.

Dica:

  1. Nunca utilizar desculpas para se convencer de encerrar a jornada, sejam elas por motivo de não cumprimento de alguma ação pré-determinada ou de quebra de rotina. Em qualquer caso, vale a pena enfrentar pequenos períodos de estresse e sofrimento para se realizar um sonho.

 

Conclusão

Diante de tudo que foi apresentado, cabe dizer que para certas situações não se fará necessário o exercício de alguns dos passos indicados. Visando abordar uma extensão maior de casos e possibilidades, as etapas, tal como descritas, permitem a estruturação e análise de modo controladíssimo e seguro, permitindo a identificação e solução de cada pormenor que se manifeste, antes mesmo de se tornar um impeditivo mais sério. Portanto, cabe a você decidir como irá desenvolver e organizar seu projeto, seja seguindo mais ou menos das recomendações indicadas.

Com o passar do tempo, será possível perceber, na prática, que a organização é inevitável para quem deseja atingir patamares mais elevados no decorrer da vida, e só a própria experiência vai lhe dizer o que funcionará melhor e o que não funcionará na longa jornada que ainda nos aguarda.

 

Organize sua vida e verá o quão simples é o caminho do sucesso!

Mineiro de "Belzonti", detalhista, metódico, neófilo e bastante criativo. Um ser que, através dos ensinamentos que a vida proporcionou, conseguiu compreender que tudo se baseia na intenção, vontade, observação, paciência, atitude e continuidade. Sempre que a intenção te levar por um caminho de auto esclarecimento, com a vontade de semear o que for positivo, com o resto do mundo, a certeza é de que, com paciência e boa observação, os caminhos da vida serão abertos e facilitados para que a evolução seja mais suave e prazerosa (Lei de Causa e Efeito). Tudo está conectado e a menor parte, que todo mundo acaba desprezando, é extremamente importante para atingirmos níveis de felicidade, cada vez mais, estáveis (Tudo, no universo, tende ao equilíbrio). Dessa forma, consegui fazer da mudança um estilo de vida, me adaptando rapidamente a novas propostas, sempre mais saudáveis e pacíficas, de viver. Enfim, alguém que tenta despertar o que há de melhor em cada um.

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