Cooperação como caminho para a felicidade!

Vivemos numa sociedade em que o tempo passa sem nos darmos conta. Nunca temos tempo para nada, este nada que são as coisas que nos fazem mais felizes, com que nos identificamos, fazer uma viagem, dar um pequeno passeio, ler um livro, ver um filme, tratar do jardim, brincar com as crianças mais próximas, ter tempo para a família. Passamos todo o nosso tempo de vida a correr e esta correria toda em trabalho, como se a vida fosse só e apenas trabalho.

Dar tempo ao tempo

Quando crianças crescemos na grande maioria das vezes com a pressão da sociedade do que queremos ser quando formos grandes e passamos a nossa infância e adolescência a estudar para ter um futuro promissor. Chegamos a jovens adultos e temos de viver para o trabalho, porque é importante criar carreira. Em adultos, continuamos a viver para o trabalho porque temos de pagar contas, incluindo a dos filhos. Depois chegamos à terceira idade e não temos já saúde para fazer tudo o que o ficou por fazer durante toda a vida, e na verdade muitas das coisas faziam sentido terem sido vividas noutra altura, noutros anos da nossa vida.

Devemos todos trabalhar? Claro que sim! Mas devemos acima tudo viver e dentro desse viver temos também o nosso trabalho. Saber harmonizar a nossa vida entre trabalho e lazer é a chave para uma vida saudável.

As pessoas precisam de trabalhar e viver num ambiente e sociedade de confiança, cooperação, apreço, democracia e solidariedade para estarem motivadas e felizes. A competitividade é saudável, mas apenas até certo ponto, e o trabalho apenas com vista a obter lucro, sem nenhum sentido social, ecológico ou humanitário é completamente desmotivante e cria uma sociedade egoísta e focada no individualismo. Trabalhar em prol da sociedade, e da comunidade local, nacional ou mundial, criando laços de cooperação e contribuindo para uma causa comum, faz crescer em igualdade.

22 benefícios de se viver com menos

Uma alternativa ao atual sistema

O êxito da economia não deveria ser medido por indicadores monetários, mas por indicadores que medem os benefícios para a sociedade, a ecologia, a democracia e a solidariedade. Se as empresas trabalharem com base nestes fatores como consequência toda a sociedade terá também melhorias em todos estes aspectos. A maioria do nosso tempo diário é passado em trabalho ou a estudar, assim se os valores forem também impulsionados nesses ambientes a sociedade acaba por aplica-los também fora do espaço de trabalho e estudo e evolui.

O beneficio financeiro não deverá ser um fim, mas um meio para aumentar os valores pelos quais a sociedade se guia, aumentando a sua qualidade de vida, social e ecológica. Não existindo a necessidade de crescimento das empresas, apenas a manutenção destas, é facilitada a cooperação, a solidariedade, a troca de tecnologia, de encargos, de pessoal e de conhecimento entre todos os envolvidos e todos eles ganham com os relacionamentos e trocas.

Os limites de vencimentos deveriam existir, as heranças deviam ser limitadas a cada pessoa. Todos os excedentes aos limites deveriam ser repartidos e entregues a um “fundo de gerações” para que às gerações seguintes fossem permitidas igualdades de acesso.

Redução da carga horário e tempo livre

Reduzindo o horário de trabalho para 30 a 33 horas semanais o estilo de vida melhorará, tornando-se mais sustentável e menos consumista. Com a redução do horário de trabalho as pessoas teriam tempo para viver, seria fomentado o relacionamento e cuidados com a família e os amigos, todos poderiam ter tempos livres, dedicar-se à arte, a ler, e a envolver-se com entidades públicas. Seria ótimo também a cada 10 anos cada um de nós ter um ano sabático financiado com um valor mínimo, que nos permitisse ir para onde quiséssemos, e de onde viéssemos cheios de ideias, criatividade e vontade de mudar o mundo. Estas medidas ajudariam a reduzir o número de desempregados e a criar maiores igualdades, salariais e de oportunidades.

5 benefícios de viver fora do sistema

Economia do Bem Comum

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Economia do bem comum – Christian Felber

Christian Felber, um filósofo Austríaco, escreveu um livro em que apresenta este modelo econômico de mercado, designado por Economia do Bem Comum. Nesse modelo, o bem-estar social está acima do benefício financeiro, e descreve os principais valores em que assenta este modelo, considerado uma alternativa ao capitalismo e ao comunismo.

A Economia do Bem Comum é um movimento social que defende um modelo econômico alternativo, em que o trabalho é realizado com o objetivo do bem comum e da cooperação, em vez da orientação para o lucro e da concorrência, que fomentam a ganância e o crescimento descontrolado.

A Economia do Bem Comum baseia-se em 5 valores que são também a base para o balanço de uma empresa, designado de Balanço do Bem Comum:

  1. Dignidade humana;
  2. Solidariedade;
  3. Sustentabilidade ecológica;
  4. Justiça social;
  5. Democracia, com todos os que nela participam e com os seus clientes.

Está ao alcance de todos nós mudar o mundo, e tudo começa por cada um mudar o seu mundo.

Sou uma inconformada à procura do meu propósito de vida. Adoro aprender coisas novas e vivo sempre à procura de novas experiências de aprendizagens. Há tanto para aprender! Sou uma típica libriana que adora o vento, o ar livre e um bom convívio, rodeado de amigos. Adoro um bom livro, e uma boa música, e dançar. Viajar e visitar lugares novos é sempre inspirador. Neste momento procuro enquadrar o trabalho criativo, as crianças e o empreendedorismo na evolução do mundo de cada um. Tento viver sempre sobre o lema: “Se tu queres, tu consegues!”.

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